Títulos

Sempre tive dificuldade com títulos. Há algo de muito traiçoeiro – e até prepotente – neles. Como podem meras três a cinco palavras tentarem exprimir toda a essência de uma história – com seus fundamentos, construções, paixões e reviravoltas exaustivamente trabalhadas pelo autor?

Caminhei a vida com livros debaixo do braço, mas toda vez que precisei nomear um texto, senti o peso do desafio. Redações para vestibulares, trabalhos acadêmicos, contos, artigos... Páginas de certeza para momentos agoniantes em busca de uma síntese chamativa.

Ainda bem que existem manuais e professores de escrita criativa que concordam igualmente que a elaboração de um título é uma tarefa hercúlea.

Por isso, quando decidi iniciar a escrita do meu primeiro livro de ficção, eu tinha a certeza de que, na hora certa, o título viria.

Esse momento chegou. Depois de diversas páginas, dúvidas e reviravoltas, é com muita alegria e orgulho que anuncio: o meu projeto de livro finalmente tem um nome.

A história de Miguel se chamará Entre encantos e maldições.

E eu posso garantir: esse título não é à toa. E fiquem atentos: A magia está apenas começando.